Vem ser meu arco,
Meu dó maior,
O Si que não abraço
Na pauta da dor!
E na sinfonia da cor,
No azul do arco íris,
Saberei maior
A música que quis.
E subirei contigo
Uma escala brilhante
Numa valsa de amigo,
De amor ou de amante...
Quero ser teu violino,
Gemer em tua mão,
Soluçar um hino
Em forma de confissão!
E quando teus dedos
Solicitarem minhas cordas,
Serão os meus segredos
O que tu acordas!
E bem perto de teu rosto,
E bem perto de teu peito,
Arderei de fogo posto
Por tuas mãos e meu jeito.
E o que subirá no ar,
Resultado da combustão,
Será o que sobrar
Desta minha paixão!
Entranhar-se-á na tua pele,
Misturar-se-á contigo,
Numa fusão que sele
Teu prémio e meu castigo.
Vem tocar tua sinfonia
Em meu corpo que espera,
Em notas de alegria
Em ânsias de fera!
E verás, meu belo músico,
Que a música por ti tocada
É alegro em que fico,
Se bem executada!
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